sábado, 14 de agosto de 2010




Assistimos estupefatos mais uma mulher sendo vitima da intolerância, da barbárie e do preconceito, campanhas se multiplicam e o desejo de salvar uma vida ecoa mundo a fora como uma súplica uníssona.

O protesto é válido e tem total respaldo por vários países, o que não podemos esquecer jamais é que existem milhões de africanas, milhões de mulheres na mesma situação condenadas em vida a morrer lentamente por terem perdido sua alma, como no Paquistão onde são queimadas no rosto com ácido por motivos torpes (digitar no Google “ mulheres Paquistão ”), ou na África onde mulheres são mutiladas através da circuncisão que já conta com 130 milhões de meninas e mulheres circuncidadas no mundo e cerca de dois milhões passam pelo procedimento a cada ano.

Na Jordânia, a situação não é diferente. Mulheres estupradas podem optar entre ser presas ou esconder o rosto para sempre atrás de um véu. O motivo é absurdo: uma vez violentada, a jovem deixa de ser virgem e pode esperar ataques de seus próprios parentes. Um em cada quatro assassinatos é uma morte de honra, os homens que matam suas parentes a sangue frio podem ser condenados a uma pena que varia apenas de três a 12 meses de cadeia.

No Afeganistão, Índia, Indonésia mulheres são atacadas com ácidos nos chamados crimes contra a honra, no Brasil menores são vendidas como mercadoria para prostituição por migalhas ou muitas vezes enganadas com promessas de um futuro promissor(Ver filme brasileiro “ ANJOS DO SOL”).

Ao longo da história as mulheres foram vítimas como na inquisição que levou 15 % da população espanhola sob a acusação de bruxaria e postas na fogueira a exemplo de heresia. (Ver filme JOANA D’ARC).

O que é curioso e até mesmo surpreendente é a dimensão que o caso da Iraniana tomou na Imprensa mundial, seria por estarmos a vespera de um ataque americano ao Irã? Mais protestos, muito mais pelas paquistanesas, afegãs, africanas, indianas,etc.


por ROBSON LEMES - robden@ibest.com.br