sábado, 9 de julho de 2011


No primeiro dia foram oito horas de torturas patrocinadas por sete militares. Pau de arara, choque elétrico, cadeira do dragão e insultos, na tentativa de lhe quebrar a resistência física e moral. “Eu tinha muito medo do que ia sentir na pele, mas principalmente de não suportar e falar. Queriam que eu desse o nome de todos os meus amigos, endereços… Eu dizia: ‘Não posso fazer isso.’ Como eu poderia trazê-los para passar pelo que eu estava passando?” Foram mais de 20 dias de torturas a partir de 28 de fevereiro de 1970, nos porões do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. O estudante de ciências sociais da Universidade de São Paulo (USP) Anivaldo Pereira Padilha, da Igreja Metodista do bairro da Luz, tinha 29 anos quando foi preso pelo temido órgão do Exército. Lá chegou a pensar em suicídio, com medo de trair os companheiros de igreja que comungavam de sua sede por justiça social. Mas o mineiro acredita piamente que conseguiu manter o silêncio, apesar das atrocidades que sofreu no corpo franzino, por causa da fé. A mesma crença que o manteve calado e o conduziu, depois de dez meses preso, para um exílio de 13 anos em países como Uruguai, Suíça e Estados Unidos levou vários evangélicos a colaborar com a máquina repressora da ditadura. Delatando irmãos de igreja, promovendo eventos em favor dos militares e até torturando. Os primeiros eram ecumênicos e promoviam ações sociais e os segundos eram herméticos e lutavam contra a ameaça comunista. Padilha foi um entre muitos que tombaram pelas mãos de religiosos protestantes.

O mundo inteiro ficou chocado com a notícia.

O sargento Joshua Tabor, veterano da guerra do Iraque, ameaçou afogar a própria filha na pia da cozinha, porque a garota – de apenas quatro anos – não conseguiu soletrar o abecedário corretamente.

Quando a policia foi chamada, Tabor – em estado de surto – andava pelo bairro onde mora, usando seu capacete militar e ameaçando quebrar janelas.

Ele foi detido e será submetido a julgamento.

WATERBOARDING : O waterboarding é uma “técnica” utilizada em interrogatórios de um suspeito. Ele é amarrado em uma tábua inclinada para trás, de modo que a cabeça fique abaixo do nível do coração. Coloca-se, então, um pano sobre seu rosto e despeja-se água por cima, para provocar a sensação de afogamento. Em seguida, o pano é retirado e o suspeito volta a respirar normalmente. A manobra se repete, até que se obtenham as respostas desejadas.